Pesquisas de opinião são componentes essenciais na construção de estratégias vencedoras. Isso vale para campanhas políticas, empresas privadas e para organizações da sociedade civil organizada. Mas a utilidade da coleta e processamento de informação não se restringe a esses âmbitos. O Estado pode e deve fazer uso desse instrumento para ser mais responsivo e eficiente.
Um espaço nas quais as pesquisas podem ser úteis é o das políticas públicas - as ações e programas pensadas e implementadas pelo Estado. Na Ciência Política costuma-se dividir as políticas públicas em ciclos. Pesquisas de opinião podem influenciar uma das partes mais importantes do ciclo: definição de agenda. Esse é o momento onde se decide quais problemas serão considerados para ser resolvidos. Como há mais problemas do que recursos para resolvê-los, a etapa de definição de prioridades é fundamental.
As pesquisas são úteis para mostrar quais as questões mais importantes para a sociedade. Com isso, o Estado pode levar em conta a opinião pública para definir no que gastar dinheiro. Isso produz ações mais alinhadas com os interesses urgentes da população. Possibilita que a política resolva os problemas que importam para as pessoas. É difícil argumentar contra a ideia do governo ouvindo o povo que ele taxa para decidir onde gastar seu dinheiro.
Outra parte do ciclo de políticas públicas onde pesquisas podem ser úteis é a da avaliação. Essa etapa é essencial para descobrir se os objetivos das ações foram alcançados. É através da avaliação que medimos efetividade e eficiência das ações do Estado. As pesquisas podem contribuir no sentido de revelar as percepções de quem recebe a política na ponta: o povo. A partir disso é possível fazer os ajustes necessários para garantir a entrega de serviços de acordo com as expectativas e necessidades de quem os recebe.
Pesquisas de opinião oferecem vantagens em praticamente qualquer atividade que envolva pessoas. Por isso, os espaços de poder institucional podem se beneficiar delas. Através do seu uso é possível entender o que o povo quer e como ele percebe as ações empreendidas. Assim, é possível construir um Estado que ouve e entende mais e melhor seu povo.
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